Nada mais oportuno que escrever um post sobre o álbum com que me deito e levanto há já algumas semanas - "Canção ao lado" dos/da Deolinda. A meu ver um CD extraordinário, fazendo jus ao que de mais criativo e fresco tem emergido da música portuguesa contemporânea. Bem consistente com a imagem de Deolinda, uma rapariga com " idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, que habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital" e "compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida dos vizinhos". Por entre músicas como "Eu tenho um melro", "Lisboa não é a cidade perfeita" ou "Clandestino", para mencionar apenas algumas, vamos redescobrindo, por entre um véu trágico-cómico, que sabe ou quer descolar-se do Fado tradicional, um sentimento quente e reconfortante do que é ser-se português. De forma despretenciosa, que desenterra empaticamente alguns elementos kitch numa combinação deliciosa com o "bairrismo luso", o álbum "Canção ao Lado" é uma visão inocente e emocional mas não ingénua das coisas da vida quotidiana, observadas de um simples parapeito. Talvez viciante mas, por certo, imperdível.Um Blog, um diário, um exercício de catarse que vivem de um conflito interior recheado de pensamentos efémeros e desvanecentes que a palavra escrita materializa
quarta-feira, 18 de março de 2009
Deolinda
Nada mais oportuno que escrever um post sobre o álbum com que me deito e levanto há já algumas semanas - "Canção ao lado" dos/da Deolinda. A meu ver um CD extraordinário, fazendo jus ao que de mais criativo e fresco tem emergido da música portuguesa contemporânea. Bem consistente com a imagem de Deolinda, uma rapariga com " idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, que habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital" e "compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida dos vizinhos". Por entre músicas como "Eu tenho um melro", "Lisboa não é a cidade perfeita" ou "Clandestino", para mencionar apenas algumas, vamos redescobrindo, por entre um véu trágico-cómico, que sabe ou quer descolar-se do Fado tradicional, um sentimento quente e reconfortante do que é ser-se português. De forma despretenciosa, que desenterra empaticamente alguns elementos kitch numa combinação deliciosa com o "bairrismo luso", o álbum "Canção ao Lado" é uma visão inocente e emocional mas não ingénua das coisas da vida quotidiana, observadas de um simples parapeito. Talvez viciante mas, por certo, imperdível.
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3 comentários:
Na minha opinião das melhores bandas portuguesas de sempre. Já comprei, já ofereci e não me canso de cantar Deolinda!
Beijinho
Excelente o "Movimento Perpétuo Associativo",
um espelho deste "vai-não-vai" tão português.
Amannhã vou ter a sorte de os ver e ouvir ao vivo no Algarve:)
Tá bonito tá...
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